A manhã começou animada no Auditório da Escola Estadual Prof. Elizângela Glória, em Palmas. O ritmo ficou por conta do aluno da APAE, Cosme, acompanhado pelo seu professor ao violão.
A mesa de abertura reuniu Rosemeire dos Santos (APEBSS), Alana Rodrigues (CFESS), Taciane de Oliveira (CRESS-TO), Lílian Praigida (Conselheira do CRESS-TO) e Nadia Flausino (Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência). A assistente social Lílian Praigida, que trabalha na SETAS destacou a importância desse tipo de discussão estar acontecendo: "Nesse cenário que temos agora, com a Lei Brasileira de Inclusão, acho que discutimos essa temática é ainda mais importante tanto para o profissional quanto para as pessoas que serão atendidas por nós."
Após a mesa de abertura, a poesia “Capacitismo Estrutural” foi declamada pela assistente social Nagila Praigida, que passou a palavra para a convidada Lucia Paiva.
Lucia é uma mulher autista, assistente social na Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro e palestrou sobre o anticapacitismo trazendo um amplo contexto teórico sobre a temática, destacando a sua relação com o serviço social. Depois os profissionais presentes debateram e trouxeram suas contribuições encerrando as atividades do turno matutino.
Veja a apresentação em pdf da Lucia Paiva aqui.
Uma ginástica laboral feita pelo professor Wanio Braga marcou o inicio da tarde de quarta-feira, dia 22, animando os profissionais presentes que, em seguida, ouviram da presidente do CRESS-TO sobre as conquistas da gestão "Persistir na Luta, o CRESS-TO sempre perto de você".
A mesa da tarde foi composta por Lucia Paiva, Ele Pedro Barbosa e Vanderlene Xavier, com mediação da conselheira Margarida Moura. Ele Pedro contou sobre os desafios na atividade profissional do Ruraltins, por conta da visão monocular e de que forma a deficiência transforma a sua forma de atendimento ao usuário da Zona Rural. Lucia Paiva compartilhou sua experiência dentro de um hospital público no RJ, onde encontra muitos empecilhos para poder atuar com tranquilidade, por conta do transtorno do espectro autista, que provoca crises e sensibilidade. Chamou atenção para a falta de atualização dos próprios assistentes sociais que ignoram legislações recentes e até mesmo o Código de Ética.
Vanderlene Xavier compartilhou sua experiência após sofrer um AVC isquêmico, que limitou alguns movimentos do lado direito do corpo. Ela atua na educação pública de Palmas, onde encontra diversos desafios e preconceitos por não conseguir escrever.
A discussão contou com vários profissionais presentes e perpassou por questões como a grade curricular do curso de serviço social com relação ao anticapacitismo.
O dia de comemoração foi encerrado com um Coffee Break, servido na área externa da escola.
